Manual de Exames Genesi

Mais de 500 exames.
Foto manual de exames Genesi

A padronização da coleta por parte do médico veterinário é de suma importância na etapa pré-analítica, para garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados de exames.

FATORES QUE INTERFEREM NA ANÁLISE LABORATORIAL:

  • Jejum alimentar: orientamos o jejum alimentar de 8 a 12 h para evitar a lipemia, água pode ser oferecida à vontade ou a critério do médico veterinário.
  • Coleta inadequada
  • Tempo prolongado de coleta 
  • Stress do paciente
  • Volume inadequado 
  • Conservantes inadequados
  • Medicação recebida
  • Contaminação da amostra
  • Garroteamento  prolongado, causa hemólise
  • Temperatura inadequada de conservação da amostra.
  • Colher por punção venosa a  quantidade de sangue em mL indicada no rótulo do tubo de tampa roxa – 0,5 mL, 2 mL ou 4 mL.
  • Quantidades excessivas de sangue em tubos com anticoagulante podem resultar na formação de coágulos, os quais inviabilizam a amostra.  
  • Já  a coleta de volume insuficiente de sangue no tubo leva à uma maior concentração de EDTA, que produz alguns artefatos como redução do tamanho dos eritrócitos (com diminuição do hematócrito), hemodiluição., alterando significativamente o resultado do exame.
  • O sangue deve ser transferido ao tubo sem pressionar o êmbolo, a fim de se evitar hemólise. Retirar a tampa do tubo a fim de preenchê-lo com o sangue caso o tubo não seja à vácuo.
  • O procedimento de coleta deve ser de no máximo 2 minutos. É importante homogeneizar a amostra por cerca de 30 segundos de maneira suave, imediatamente, após a coleta. As amostras em EDTA devem ser refrigeradas a 2 – 8 º C por no máximo 36 h. Deve-se evitar o contato direto da amostra com o gelo, que acarreta no congelamento da amostra e hemólise.  
Hematologia

 • Colher por punção venosa o sangue, retirar a agulha e transferir.

 • O material para um tubo com Citrato de sódio (tampa azul), vertendo o sangue até atingir a marca indicativa no tubo. 

• Homogeneizar a amostra com delicadeza e mantê-la sob refrigeração imediata. 

• Deve-se evitar o garroteamento prolongado e colher com o mínimo de trauma para que estes fatores não influenciem no resultado do exame.

 • Enviar a amostra imediatamente ao Laboratório. Na impossibilidade disto, centrifugar e acondicionar o plasma em tubo seco ou tipo eppendorf e congelar em até 30 minutos.

• Colher por punção venosa 2 a 5 mL de sangue, respeitando o porte do animal. 

• Retirar a agulha e transferir o material para um tubo com ativador de coágulo (gel – tampa amarela) ou tubo seco (tampa vermelha).

 • Manter a amostra sob refrigeração (2 a 8 °C) e enviar ao laboratório imediatamente ou em até 24 hs após a coleta. 

• Para dosagens de glicose e ácido lático, utilizar tubo com fluoreto (tampa cinza). • Nos casos em que a amostra não puder ser encaminhada no mesmo dia ao Laboratório, aguardar a coagulação da amostra em temperatura ambiente, centrifugar e transferir o soro ou plasma para um tubo seco ou tipo eppendorf, identificar e congelar.

  • Utilizar  tubo estéril seco ou frasco coletor universal estéril de plástico com tampa, Orientamos o volume mínimo  de 5 mL..  
  • Após assepsia da região, coletar por cistocentese (preferencialmente), sondagem uretral ou micção espontânea. Acondicionar em temperatura de refrigeração (de 2°C a 8°C) .
  • Para animais silvestres respeitar o volume necessário para a realização do exame, no mínimo 1ml.
  • Coletar o líquido cavitário (líquido pleural, peritoneal, articular, cístico, etc.) por punção com seringa e agulha estéril, após a assepsia colocar metade – ideal para cada tubo 3 mL de amostra -  da amostra coletada em frasco de tampa roxa (E.D.T.A.) e a outra metade em frasco de tampa vermelha (tubo seco) sem anticoagulante.
  • O líquido coletado deve ser mantido em temperatura de refrigeração (2° C a 8°C). Enviar ao laboratório o mais rápido possível, no mesmo dia ou em no máximo 48 horas.

5.1 Líquor - Coleta deve ser em tubo de transporte sem aditivo (tampa branco) e tubo com EDTA A amostra deve ser enviada em até no máximo 1 hora após a coleta e previamente agendada para organização da logística . A análise é física, química, com contagem celular e citologia

As doenças endócrinas fazem parte da rotina do médico veterinário sendo importante um rápido  diagnóstico .

 Disponibilizamos em nosso portifólio os 2 métodos mais utilizados  na medicina veterinária, Quimioluninescência e Radioimunoensaio. 

Fica a critério do Médico Veterinário a escolha do melhor método para atender  atender seus  pacientes.

Instruções de exames para o diagnóstico e acompanhamento das  principais endocrinopatias  

Hiperadrenocorticismo em cães

  • Teste de supressão com baixa dose de dexametasona (diagnóstico)
  1. Coletar a primeira amostra sanguínea em tubo a vácuo de tampa vermelha no início da manhã.
  2. Administrar 0,01 mg/kg de dexametasona via IV logo após a coleta da primeira amostra sanguínea.
  3. Coletar segunda amostra sanguínea em tubo a vácuo de tampa vermelha 4 horas após administração da dexametasona.
  4. Coletar terceira amostra sanguínea em tubo a vácuo de tampa vermelha 8 horas após administração da dexametasona em tubo de tampa vermelha.

Separar o soro das amostras sanguíneas, identificar todos os frascos e enviá-los refrigerados ou congelados ao laboratório.

Realizar o exame Cortisol nas 3 amostras sanguíneas.

Fonte: Laboratório BET

  • Teste de estimulação com ACTH ( diagnóstico quando há histórico de tratamento com corticosteróides e avaliação de tratamento):
  1. Coletar a primeira amostra sanguínea em tubo a vácuo de tampa vermelha.
  2. Administrar 5 µg/kg de ACTH sintético via IM logo após a coleta da primeira amostra sanguínea.
  3. Coletar segunda amostra sanguínea em tubo a vácuo de tampa vermelha 1 hora após administração do ACTH.

Separar o soro das amostras sanguíneas, identificar todos os frascos e enviá-los refrigerados ou congelados ao laboratório.

Realizar o exame Cortisol nas 2 amostras sanguíneas.

Avaliação do tratamento

Teste de estimulação com ACTH.

Fonte: Laboratório BET

  • Hipotiroidismo Canino

Exames indicados

T4 livre por diálise, T4 total, TSH, Colesterol, Triglicerídeos.

Avaliação do tratamento

Dosar T4 total 4 a 6 semanas após início do tratamento com a levotiroxina sódica. Coletar amostra sanguínea 4 a 6h após administração da levotiroxina sódica em animais recebendo a medicação duas vezes ao dia. Coletar amostra sanguínea 6 a 8h após administração da levotiroxina sódica em animais recebendo a medicação uma vez ao dia.

Fonte: Laboratório BET

  • Hipertiroidismo Felino

Exames indicados

T4 total, T4 livre por diálise, ALT, AST, Uréia, Creatinina, Fósforo.

Avaliação do tratamento

Dosar T4 total 2 semanas após início do tratamento.

Fonte: Laboratório BET

Exame rápido e de baixo custo. Auxilia na diferenciação dos processos inflamatórios agudos, crônicos, neoplásicos benignos e malignos.

Sugerimos o envio de 2 a 3 lâminas por sítio. Muito importante identificar a lâmina, com o nome do paciente e a indicação dos locais/sítios coletados.

 A colheita de material para o exame citológico pode ser realizada por meio de algumas técnicas, cuja escolha depende da localização anatômica e das características do tecido a ser avaliado:

7.1   Citologia por punção aspirativa: fazer a punção no nódulo ou tumor, com auxílio de seringa e agulha, fazendo movimentos de "leque", de preferência em mais de uma região. Colocar o material em um ponto da lâmina, de forma cuidadosa para não causar lise celular, é realizar o squash, deslizando uma lâmina sobre a outra, sem oferecer muita pressão. Secar o material rapidamente ao ar e guardar no fraco porta-lâminas. Esse método é indicado para formações onde as células não esfoliam facilmente, em formações mais sólidas e em neoplasias mesenquimais (sarcoma).

7.2 Citologia não aspirativa: fazer a punção usando somente a agulha, sem auxílio da seringa, também fazendo movimentos de "leque" no nódulo ou tumor. Preparar as lâminas da mesma forma que a citologia aspirativa. Esse método é indicado para locais e formações que esfoliam bem, como linfonodos, formações muito vascularizadas e para neoplasias de células redondas. 

7.3   Citologia esfoliativa: Faz-se a raspagem da lesão para obtenção das células mais superficiais. Indicada para avaliação de epitélios, caracterização de exsudatos ou para visualização de agentes infecciosos e parasitários.

Esta técnica é muito usada na determinação da fase do ciclo estral de cadelas, processos inflamatórios e lesões cutâneas em geral.

7.4  Citologia por imprint: Colhe-se um fragmento de 1-2 cm do tecido a ser analisado, remove-se o excesso de sangue com papel absorvente e faz-se a impressão em lâmina limpa (vários imprints podem ser feitos na mesma lâmina). Esta técnica é muito utilizada durante necropsia e para lesões cutâneas (pressiona-se a lâmina contra a lesão). A desvantagem do imprint é que somente as células da superfície do tecido ou lesão serão observadas. As lâminas devem ser secas ao ar e enviadas ao laboratório.

7.5   Citologia por esmagamento: Esta técnica é usada para lesões cutâneas e fragmentos de órgãos e consiste em colocar um fragmento de tecido (2 mm) entre duas lâminas e fazer uma leve pressão. Deve-se separar as duas lâminas cuidadosamente de modo que o material se espalhe. As lâminas devem ser secas ao ar e enviadas ao laboratório em temperatura ambiente. 

  • Coletar as fezes em recipiente limpo e seco ou em frasco específico.. 
  • Manter a amostra em refrigeração até ser encaminhada para o laboratório por no máximo 24 horas.
  • Coletar no mínimo 20g de fezes. 
  • Os exame de MIF coleta de 3 dias consecutivos, a amostra não precisa ser refrigerada 

As amostras para exame bacteriológico devem ser obtidas preferencialmente antes da antibioticoterapia e em quantidade suficiente. Caso o animal esteja em tratamento com antibióticos, estes devem ser suspensos 10 dias antes da coleta do material.

  1. CULTURA BACTERIANA E ANTIBIOGRAMA

A cultura bacteriológica tem por objetivo o isolamento de microrganismos que possam estar envolvidos com o quadro clinico do paciente, bem como, confirmar a ausência de patógenos em quadros clínicos não-infecciosos, ou após terapia antimicrobiana de sucesso, indicados pela ausência de desenvolvimento bacteriano no exame microbiológico.

A vantagem do exames de Cultura e antibiograma é que o Médico Veterinário pode  optar pela terapia antimicrobiana menos agressiva ao paciente, e maior eficácia do tratamento, proporcionando assim uma  recuperação clínica mais eficaz  e maior segurança para evitar  o surgimento de microrganismos multirresistentes, contribuindo não só pelo sucesso terapêutico, mas também para a saúde pública.

- Particularidades das Amostras

  • Urina: Recomenda-se a coleta por técnica de cistocentese, reduzindo ao máximo a contaminação da amostra quando comparado a técnicas de coleta como sondagem vesical e micção natural, que devem ser preteridas.

A urina deve estar armazenada em frasco coletor estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração, entre 2 e 8°C. Fora desta temperatura e, ou armazenada por mais de 24 horas, a proliferação bacteriana tende a ser alta, e as chances de resultados de cultura microbiológica alterados aumentam.

  • Líquidos cavitários / Lavados: O líquido deve estar armazenado em frasco coletor estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração, entre 2 e 8°C (apenas amostras de leite podem ser congeladas). Fora desta temperatura e, ou armazenada por mais de 24 horas, a proliferação bacteriana tende a ser alta, e as chances de resultados de cultura microbiológica alterados aumentam.
  • “Swab” de orelha: Para a coleta da amostra deve-se retirar o excesso de secreção presente no conduto auditivo com o auxílio de algodão seco. Nunca utilizar água oxigenada ou qualquer solução antisséptica para esta limpeza, evitando resultados falso-negativos na cultura microbiológica. A coleta deve ser realizada com “swab” estéril (haste plástica e extremidade em algodão + tubo contendo meio de cultura para transporte/Stuart). O “swab” deve ser direcionado ao ponto onde se encontra a reação inflamatória, evitando que o algodão entre em contato com outros pontos do conduto auditivo e outras áreas do animal.

Em caso de otite bilateral, a coleta deve ser feita em “swabs” distintos para cada ouvido. Nunca utilizar o mesmo “swab” para os dois ouvidos, pois os microrganismos causadores da infecção podem ser diferentes nos dois lados. O material colhido no “swab” deve ser inserido em tubo contendo meio para transporte, e enviado ao laboratório em temperatura ambiente.

  • Fragmentos de tecidos: O fragmento deve estar armazenado em frasco estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. O tecido deve estar encoberto por água destilada, ou solução fisiológica estéril (nunca utilizar formol), apenas em quantidade suficiente para cobrir o material; o excesso do líquido pode diluir a carga microbiana do fragmento, dificultando o isolamento de alguns microrganismos e alterando resultados.

A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração (nunca congelar), entre 2 e 8°C. Fora desta temperatura e, ou armazenada por mais de 24 horas, a proliferação bacteriana tende a ser alta, e as chances de resultados de cultura microbiológica alterados aumentam.

  • Fezes: As fezes devem estar armazenadas em frasco coletor estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. Recomenda-se a coleta de porções das fezes que não entraram em contato com o solo, evitando-se possíveis contaminantes.

A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração, entre 2 e 8°C. Fora desta temperatura e, ou armazenada por mais de 24 horas, a proliferação bacteriana tende a ser alta, e as chances de resultados de cultura microbiológica alterados aumentam.

  1. HEMOCULTURA E ANTIBIOGRAMA

Coletar Sangue em frasco para hemocultura (pediátrico/adulto): Para a coleta deve-se lavar as mãos, calçar luvas de procedimento e palpar a veia a ser puncionada. A antissepsia do local a ser puncionado deve ser feita com álcool 70% da seguinte forma: 

 - Aplicar o álcool 70% em movimentos circulares, do centro para a periferia, por 3 vezes, aguardando secar.  

- Não palpar a veia após a antissepsia. Caso seja necessário palpar a veia após a antissepsia lembrar de utilizar luvas estéreis; ou realizar nova antissepsia antes da punção.

- Aplicar álcool 70% na borracha do frasco de hemocultura antes da introdução do sangue.

- Identificar o frasco de hemocultura e enviar ao laboratório o mais rápido possível. Manter os frascos em temperatura ambiente.

• Frasco adulto: até 5ml de sangue por frasco.

• Frasco pediátrico: até 1,5ml de sangue por frasco.

  1. CULTURA BACTERIANA ESPECIAL

Destinada quando há suspeita de bactérias tais como: Actynomices, Nocardia Myocobabactrium. São bactérias que requerem meios de crescimento específicos e tempo de cultivo que pode chegar a 30 dias.

Amostras: idem a cultura bacteriana e antibiograma 

9.4  CULTURA FÚNGICA (Sporothrix spp., Cryptococcus spp., etc.)

A cultura micológica tem por objetivo o isolamento de microrganismos como Sporothrix spp., Cryptococcus spp., Histoplasma spp., Candida spp., Malassezia spp., dentre muitos outros patógenos que possam estar envolvidos com o quadro clinico do paciente, bem como, confirmar a ausência de patógenos em quadros clínicos não-infecciosos, ou após terapia antimicrobiana de sucesso, indicados pela ausência de desenvolvimento fúngico no exame microbiológico.

Vale lembrar que a utilização de fármacos antifúngicos tópicos nos 15 dias anteriores, ou sistêmicos nos 30 dias anteriores, pode prejudicar o desenvolvimento dos fungos nos meios de cultivo.

Amostras:

“Swabs” em geral: Para a coleta da amostra deve-se retirar o excesso de possíveis secreções, corpos estranhos, crostas etc. com o auxílio de algodão seco. Nunca utilizar água oxigenada ou qualquer solução antisséptica para esta limpeza, evitando resultados falso-negativos na cultura micológica. A coleta deve ser realizada com “swab” estéril em meio para transporte (haste plástica e extremidade em algodão + tubo contendo meio de cultura para transporte/Stuart), ou “swab” seco. O “swab” deve ser direcionado ao ponto onde se encontra a reação inflamatória, evitando que o algodão entre em contato com outras áreas do animal, evitando contaminantes.

O material colhido no “swab” deve ser inserido em tubo contendo meio para transporte, e mantido em temperatura ambiente. No caso da coleta em “swab” seco, este deve permanecer em temperatura de refrigeração, entre 2 e 8°C. As amostras devem estar identificadas com o nome do paciente, data da coleta e tipo de amostra.

Líquidos cavitários/Lavados: O líquido deve estar armazenado em frasco coletor estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração, entre 2 e 8°C (apenas amostras de leite podem ser congeladas).

Fragmentos de tecidos: O fragmento deve estar armazenado em frasco estéril e bem vedado, evitando-se contaminações e vazamentos, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente. O tecido deve estar encoberto por água destilada, ou solução fisiológica estéril (nunca utilizar formol), apenas em quantidade suficiente para cobrir o material; o excesso do líquido pode diluir a carga microbiana do fragmento, dificultando o isolamento de alguns microrganismos e alterando resultados.

A amostra deve ser enviada o quanto antes ao laboratório, e deve ser armazenada e transportada em temperatura de refrigeração (nunca congelar), entre 2 e 8°C. Fora desta temperatura e, ou armazenada por mais de 24 horas, a proliferação bacteriana tende a ser alta, e as chances de resultados de cultura microbiológica alterados aumentam.

9.5  CULTURA DE FUNGOS DERMATÓFITOS

A dermatofitose é micose superficial de caráter zoonótico, e dentre as principais espécies de dermatófitos envolvidas nos quadros clínicos estão Microsporum canis, Trichophyton mentagrophytes, Nannizzia gypsea (Microsporum gypseum) etc. Quando utilizada junto a outras técnicas de auxílio diagnóstico, como uso de lâmpada de Wood e microscopia direta, a cultura micológica é de suma importância na confirmação da doença, já que esta é diagnóstico diferencial de diversas outras dermatopatias.

- Amostras 

Pelos e crostas: Recomenda-se a coleta de pelos por epilação  (nunca cortados) e raspados cutâneos das bordas das lesões, pois são as áreas onde há maior probabilidade de se encontrar estruturas fúngicas viáveis à cultura microbiológica. As amostras devem ser armazenadas em envelopes de papel, ou frascos secos e estéreis bem vedados, com identificação contendo o tipo de amostra, método de coleta, data da coleta e nome do paciente, sempre em temperatura ambiente e longe da umidade.

Não utilizar substâncias antissépticas nas áreas das lesões antes das coletas, além disso, a utilização de fármacos antifúngicos tópicos nos 15 dias anteriores, ou sistêmicos nos 30 dias anteriores, pode prejudicar o desenvolvimento dos fungos nos meios de cultivo.

9.6  ANTIFUNGIGRAMA

O antifungigrama é recomendado em casos de doenças fúngicas crônicas, ou casos onde não ocorre a resposta clínica do paciente aos antifúngicos frente à uma infecção fúngica confirmada, desconfiando-se de resistência do microrganismo ao fármaco.

Deve-se seguir os procedimentos descritos para a coleta de materiais para o exame de cultura fúngica ou cultura de fungos dermatófitos. 

10.1 Ácaros promotores de sarna -  o  raspado de pele deve ser profundo -  apertar bem a região e realizar o raspado até obter sangramento – na lesão afetada, colocar o material umedecido com óleo mineral entre duas lâminas, para não haver ressecamento da amostra, material deve ser mantido em temperatura ambiente e encaminhar para o laboratório em até 24 horas.

10.2 Exame Micológico Direto – Enviar em frasco estéril sem qualquer conservante através da epilação – remoção dos pelos inteiros, pela raiz, ou seja, incluindo as porções abaixo da pele das bordas da lesão . Animais de pelos longo sugerimos cortar antes do arranchamento.  As amostras devem ser armazenadas em envelopes de papel, ou frascos secos e estéreis bem vedados, com identificação contendo o tipo de amostra,  em temperatura ambiente e longe da umidade.

Não utilizar substâncias antissépticas nas áreas das lesões antes das coletas, além disso, a utilização de fármacos antifúngicos tópicos nos 15 dias anteriores, ou sistêmicos nos 30 dias anteriores, pode prejudicar o aparecimento de estururas fúngicas na análise laboratorial .

A Real Time PCR  representa grande avanço nos métodos moleculares de auxílio diagnóstico, particularmente, por facilitar a identificação de doenças infecciosas 

É  uma técnica que permite  monitorar o progresso de uma reação de PCR em tempo real. Ao mesmo tempo, uma quantidade relativamente pequena de produto de PCR (DNA, cDNA ou RNA) pode ser quantificada.

Alguns . cuidados que devem ser considerados para melhor acurácia do resultado:

  • Amostras devem ser enviadas refrigeradas;
  • Medicamentos devem ser evitados antes da coleta ou coletados pelo menos 2 semanas após a interrupção do tratamento;
  • Enviar as amostras até 72 horas após a coleta; apesar da maioria das amostras ficarem estáveis até 7 dias após a coleta; 
  • Vacinas podem ocasionar resultados falso positivos por algumas semanas pós vacinação 
  • Considerar o material de acordo com o patógeno pesquisado ex: medula óssea para pesquisa de hematozoários, urina para pesquisa do vírus da cinomose . 

Para exames histopatológicos é necessário o envio de frascos de boca larga com formol a 10%. Tumores, nódulos, linfonodos, testículos e órgãos grandes devem ser sempre fatiados para que o formol a 10% penetre e possa realizar a fixação evitando assim o processo de autólise do fragmento. O volume de formol  para fixar a peça a ser analisado deve respeitar a proporcionalidade de 10x1, ou seja, o volume de formol deve ser 10 vezes maior que a do tumor. 

Considerações importantes:

  • O fragmento para análise histopatológica deve ser acondicionado em formol imediatamente após a excisão, respeitando o limite máximo de 30 minutos após a coleta; 
  • Informar sempre a região, histórico ,  suspeita clínica  e números de fragmentos coletados.

A imunoistoquímica é uma técnica que aplica anticorpos específcos antiantígenos (em geral, proteínas) presentes em cortes histológicos, em associação com métodos de detecção altamente sensíveis para revelação da ligação antígeno (em geral, marcador tumoral) e anticorpo. É um exame complementar ao exame histopatológico para definir o diagnóstico integralmente. Na maioria dos casos, o exame imunoistoquímico auxilia no diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas e neoplásicas, proporcionando de forma mais fidedigna  a provável evolução dos tumores a partir da obtenção de dados mais precisos do material histopatológico.

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